UMA SALA DE ESTAR, UM BAR E UMA SALA DE AULA: ASSIM O CORONAVÍRUS É TRANSMITIDO PELO AR

 
Segundo uma matéria publicada no EL PAÍS, ambientes fechados são os mais perigosos, mas é possível minimizar os riscos tomando todas as medidas disponíveis para combater o contágio por aerossóis. Veja abaixo qual a probabilidade de contágio. Em uma casa se reúnem seis pessoas, uma delas contaminada. 31% dos contágios conhecidos na Espanha acontecem em encontros sociais, sobretudo entre familiares e amigos. O perigo de infecção cai para menos de uma pessoa contagiada quando o grupo usa máscaras, reduz a duração do encontro pela metade e ventila o ambiente. A covid-19 é transmitida pelo ar, sobretudo em espaços fechados. Não é tão infecciosa quanto o sarampo, mas os cientistas já reconhecem abertamente o papel desempenhado na pandemia pelo contágio por aerossóis ― partículas minúsculas exaladas por um doente e que ficam suspensas no ar em ambientes fechados. Os contágios em eventos, lojas e estabelecimentos como bares e restaurantes são uma parte importante das transmissões do âmbito social. E são os mais explosivos: cada surto numa discoteca envolve em média 27 pessoas infectadas, contra apenas 6 contágios em reuniões familiares como a mostrada no princípio. Num bar, a capacidade foi reduzida pela metade, com 15 pessoas consumindo e três funcionários. As portas estão fechadas e não há ventilação mecânica. As escolas representam apenas 6% dos contágios registrados pelo Ministério da Saúde espanhol. As dinâmicas de contágio por aerossóis na sala são muito diferentes se o paciente zero for aluno ou docente. A situação mais perigosa aconteceria numa sala de aula sem ventilação onde a pessoa infectada fosse o professor. Os cálculos mostrados nos três cenários se baseiam em estudos sobre como ocorrem as transmissões por aerossóis, com contágios reais que puderam ser analisados em detalhe. Um caso de grande utilidade para entender a dinâmica de contágio em espaços fechados foi vivido durante um ensaio de um coral no Estado de Washington (EUA) em março. Apenas 61 dos 120 membros do coral compareceram ao ensaio e tentaram manter distância e higiene. Sem saber, provocaram um cenário de máximo risco: sem máscaras, sem ventilação, cantando e dividindo espaço por muito tempo. Um único portador do vírus, o paciente zero, contagiou 53 pessoas em duas horas e meia. Alguns dos infectados estavam 14 metros atrás dele, de modo que somente os aerossóis podem explicar o contágio. Dois dos doentes morreram. Após estudar minuciosamente esse caso, os cientistas puderam calcular até que ponto o risco seria reduzido se tivessem sido tomadas medidas contra a transmissão aérea. Leia o estudo completo em EL PAÍS
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